Embolização de Mioma Uterino
Os miomas uterinos (MU), também conhecidos por leiomiomas ou fibromas uterinos, são as neoplasias benignas mais comuns do útero. Acredita-se que 70 – 80% das mulheres podem apresentar miomas uterinos ao longo de suas vidas e até metade delas irão apresentar sintomas relacionados.
Entre os seus fatores de risco, destacam-se raça negra, obesidade, nuliparidade, hipertensão, menopausa tardia, menarca precoce, história familiar e idade.
Sintomas
Os sintomas dependerão do número, localização e tamanho dos miomas que a paciente apresenta.
Na maioria das vezes, inclusive, os miomas uterinos não causam nenhum sinal ou sintoma e são identificados durante avaliação ginecológica de rotina ou em exames de imagem solicitados por outros motivos. Cerca de 25 a 50% das mulheres portadoras do mioma uterino apresentam sintomas. Dentre os principais estão:
- Sangramento menstrual aumentado ou prolongado;
- Cólicas ou dores abdominais;
- Dor nas relações sexuais;
- Dificuldade para engravidar / Infertilidade;
- Constipação / Prisão de ventre;
- Sintomas urinários (vontade de urinar mais vezes ou incontinência urinária).
As mulheres que estão no climatério, começando a entrar no período da menopausa, apresentam queda progressiva nos níveis de hormônios que estimulam o crescimento dos miomas, como estrogênio e progesterona. Por conta disso, os miomas podem diminuir durante e após a menopausa, assim como os sintomas produzidos por eles.
Diagnóstico e causa
O diagnóstico é realizado em uma consulta com o ginecologista, através dos exames de ultrassonografia e ressonância magnética. O mioma aparenta estar relacionado a uma desordem da estrutura vascular da camada muscular do útero.
Tratamentos
Existem diversas opções de tratamento para o mioma uterino, que incluem o tratamento conservador (uso de medicamentos para melhorar os sintomas), as cirurgias, como miomectomia ou histerectomia, e os procedimentos menos invasivos, como a embolização das artérias uterinas.
A embolização do mioma uterino (EMUT) é um tratamento minimamente invasivo (cirurgia sem cortes) com baixos riscos de complicações e alta eficácia, que possibilita a melhora dos sintomas, ao mesmo tempo que preserva o útero.
O procedimento é realizado por meio de cateterismo. Inicialmente, o acesso é feito por punção da artéria femoral, na virilha, ou da artéria radial, no punho. O cateter é progredido até as artérias uterinas, que nutrem o útero e os miomas, e então é realizada a embolização, que é a injeção de pequenas partículas esféricas visando ocluir os vasos que irrigam os miomas.
Após a embolização, espera-se que haja redução de 50% a 60% do tamanho dos miomas e redução do volume do útero em torno de 40% a 50%. Após o tratamento, cerca de 90% das pacientes apresentam melhora dos sintomas.