Embolização da Artéria Esplênica
Há mais de 30 anos, a embolização esplênica parcial (EEP) começou a ser usada para duas consequências frequentes da hipertensão portal: sangramento de varizes esofagianas e sequestro de plaquetas pelo baço.
Nos dias atuais, a abordagem endovascular da radiologia intervencionista no baço abrange uma miríade de doenças, como contusão esplênica, sequestro esplênico, formações aneurismáticas da artéria esplênica e tratamento de tumores no baço, dentre outras.
Indicações da embolização esplênica parcial (EEP):
- Hiperesplenismo associado à redução da contagem de células sanguíneas ( trombocitopenia e/ou neutropenia): geralmente relacionada à cirrose hepática, esta condição também pode ocorrer devido à toxicidade e aos danos causados pela quimioterapia sistêmica (QS), principalmente aquelas baseadas na administração de oxaliplatina, uma vez que induz o paciente a um quadro clínico equivalente ao da cirrose hepática.
- Cirrose hepática com hipertensão portal e hiperesplenismo;
- Antecedendo o início da terapia antiviral em pacientes com hepatite C;
- Púrpura trombocitopênica idiopática refratária ao tratamento com corticoides;
- Trauma esplênico;
Tratamento
O procedimento é realizado por meio da punção da artéria femoral, na virilha, ou da artéria radial, no punho. O cateter é progredido até o ramo inferior da artéria esplênica, onde ocorre a injeção de micropartículas, bloqueando este vaso e resultando em menor fluxo sanguíneo no órgão, reduzindo a sua função e o volume de sangue drenado pela veia esplênica.
O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, sem necessidade de anestesia geral, permanecendo o paciente no hospital por cerca de 24 horas após o tratamento.
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